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  • Foto do escritorGabriela Mund

A Tal Segurança que Desejamos

Muitas vezes, durante o nosso dia a dia, nós precisamos nos defender. Nem sempre sabemos de onde vem a ameaça, mas o fato é que sentimos que precisamos nos sentir mais seguros. Daí, numa postura protecionista nos embrulhamos em cobertores, tocas e parece que o frio chega junto para tornar esse cobertor ainda mais agradável. E então vem a sensação que tanto buscávamos: SEGURANÇA!

Bom, mas esse movimento não pode, e nunca dura para sempre. Por um motivo ou outro somos obrigados a nos desembrulhar. Saímos então do calor e da proteção que aquele cobertor nos trazia e sem ele, precisamos sentir... Sentir aquilo que por um tempo fomos obrigados a tentar esquecer. Esquecer aquilo que nos traz dor, que nos entristece, que nos machuca gravemente, que faz a nossa alma chorar. E por um tempo conseguimos, mas de repente, precisamos crescer um pouco mais, e olhar a tal ameaça como uma chance de aprender e evoluir é um grande passo.

Sentir tudo aquilo de novo não estava nos nossos planos e sem dúvida em nenhum momento desejamos que isso fosse acontecer, mas aconteceu... e agora? Não dá mais para embrulhar! Não dá pra fugir! Não dá mais para correr nem para adiar! É aqui e é agora! Encarar a dor se faz necessário, mas como costumo dizer, o sofrimento é opcional. Podemos não entender, não querer entender talvez... mas essa é a nossa chance de superar o que machuca! Encarar a dor de frente, sem mais “jogar pra frente”, “empurrar com a barriga” é um ato de coragem. E é isso que o Universo espera de nós.

Tá bom, eu sei que quando o velho cobertor se vai e nos vemos “sozinhos” com nossas ameaças pode ser perturbador e talvez até desesperador! Achamos que tudo aquilo já tinha ido embora e de repente percebemos que está tudo ali ainda. Mas é assim mesmo! Pouco a pouco precisamos ir tirando os vários embrulhos que nos colocamos. E o Universo é fantástico, por que cada um tem um tempo. Com o passar dos dias tudo vai melhorando. O horizonte vai se abrindo e clareando. Até que de repente percebemos que conseguimos! Nem dói mais tanto. Conseguimos falar sem chorar, conseguimos pensar a respeito sem culpas ou medos. E então percebemos o quanto crescemos! O quanto estamos mais fortes e mais prontos para continuar a caminhar.

E essa é a riqueza da vida! É saber que atrás de cada dificuldade existe uma vitória nos aguardando. Atrás de cada dor há um degrau para subirmos. Atrás de cada desembrulhar existe um despertar para amar.


Gabriela Mund


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