Gabriela Mund
Adulto Índigo: Ame!!!!
Há algum tempo venho me percebendo mais sensível àquelas lições e aprendizados do dia a dia, que simplesmente acontecem enquanto vivo, enquanto arrumo a casa, enquanto brinco com meus filhos, enquanto faço a comida, enquanto sonho e enquanto me relaciono com outros seres...
Nosso dia a dia é uma rica escola, e precisamos nos abrir aquilo que acontece ao nosso redor. Perceber as oportunidades que se abrem como portais para o entendimento de mais uma parte dessa grande missão chamada Planeta Terra.
E hoje eu gostaria de dividir com vocês uma grande lição, que já tinha lido em outros lugares, mas nunca tinha sentido no coração da forma que senti ontem a noite quando cheguei em casa depois de um final de semana bem grande longe.
Tenho dois filhos e fomos viajar no feriado... saímos de casa na sexta-feira pela manhã bem cedo com alguns amigos a mais dentro do carro, e por questões obvias, os outros dois filhos, de quatro patas precisaram ficar, não havia como leva-los junto, nem era permitido...
Combinei com a minha mãe que ela viria vê-los e dar comida durante esse tempo, e fomos.
Curtimos, brincamos, tomamos banho de mar, vivemos momentos lindos, deliciosos, rimos, jogamos e nos divertimos. E ontem de tardinha, quando chegamos em casa, quando abrimos a porta da varanda, lá estavam eles... morrendo de saudades, alegres, felizes e enlouquecidos por que tínhamos voltado, enfim, para casa.
Eles não fizeram qualquer “birra”, não morderam ninguém, não latiram reclamando de nada, apenas brincaram e correram pela casa, abanando o rabo e nos mostrando o quão felizes estavam com a nossa presença.
E em determinado momento eu entendi o que tanto se fala do amor incondicional que esses filhos de quatro patas sentem por nós.
Eles estavam ali, apenas nos esperando... E nos deram o que eles tinham de melhor quando voltamos pra casa, um amor e uma alegria que nem sei definir...
Me lembrei de quantas e quantas vezes briguei, xinguei, reclamei, cobrei até uma ligação, uma mensagem que muitas vezes não veio por que não era a hora, por que o outro não estava legal, por que o outro estava em outra vibe, por que o outro queria estar em outro lugar... sei lá... E quando esse “outro” chegou, ao invés de amar e mostrar a minha alegria, eu escolhi brigar, cobrar...
Não sabemos as tempestades que os outros vivem, não sabemos o que se passa dentro dos corações alheios, e por isso, a mim, a partir de hoje, cabe compreender que era o melhor para Ele, o outro, e assim eu também me darei liberdade de fazer o mesmo, quando eu achar que preciso de um momento só meu!
Mas no momento em que estiver junto, valerá o aprendizados do Chico e do Nico, meus filhos de quatro patas: SEREI AMOR E ALEGRIA com quem chega depois de algum tempo fora.
Não sei se consigo explicar exatamente o que senti quando percebi a extensão do amor deles por nós. E não apenas o amor, mas também o respeito pelas nossas escolhas, a gratidão por termos voltado e a alegria de viver o momento presente, deixando o que passou para trás.
Sou Gratidão Àqueles que me mostraram de forma tão clara e simples um ensinamento desse porte, dessa grandiosidade.
E por isso volto naquela oração que aprendi ainda muito pequena:
Muitas são as vistas que descortina Àquele que alcançou o cume da montanha Oh Amado Mestre Harmonizai o meu espírito e Trazei a luz a minha mente!
E agora sigo a minha caminhada, na certeza de estar fazendo a minha parte, reencontrando a minha Luz, e me recordando, através dessas pequenas coisas, a grandiosidade de ser quem SOU.
EU SOU Gabriela Mund
