Gabriela Mund
Adulto Índigo: Assuma a responsabilidade para com seus filhos
Hoje o assunto é sério! Há algum tempo tenho visto muitas publicações sobre a infância nos anos 80... Brincadeiras na rua, liberdade, chicletes, bonecos, e uma infinidade de coisas maravilhosas que ficarão guardadas para sempre na nossa memória.
Essas coisas fazem parte de uma parte muito feliz da nossa vida.
O problema é que normalmente junto com essa nostalgia gostosa, com essas recordações com cheiro de doçuras e um ar de liberdade delicioso, surge uma comparação com a infância de hoje em dia. E nessa comparação, normalmente o que aparecem são críticas à forma como as crianças vivem a infância hoje.
Venho amadurecendo esse tema há algum tempo, mas a pergunta que não sai da minha cabeça é: Se fomos a última geração que viveu a infância dessa forma, e são os nossos filhos que não tem mais o que tivemos, e que vivem dentro dos seus mundos, em telefones, tabletes e vídeo games, de quem é a responsabilidade pelo fim daquela infância?
Quem são os pais que deram tudo que os filhos queriam, mas que não precisavam, para fazê-los felizes? Quem são os pais, que tinham tudo o que precisavam mas não tinham tudo o que queriam? E por isso optaram por transformar a infância numa fase pré-adulta?
Sim... sou mãe dessa geração! Sim... fiz isso também por muito tempo! Sim... meus filhos já tiveram uma agenda cheia de aulas que em muito pouco somaram! Sim... eles eram estressados e apresentavam questões emocionais graves (como uma ulcera com 3 anos de idade)! Sim... eu fiz tudo isso!
Mas eu percebi o engano! Eu acordei para o fato de que meu filho e minha filha não precisam ser os melhores em sala de aula. Eu percebi que a competição não é um meio de educar. Eu precisei rever muita coisa. Eu precisei pedir desculpas. Eu precisei dar uns passos atrás e colocar um pouco mais de limite. Sim... eu percebi o erro! Sim... eu precisei mudar!
Sim... eu topei a mudança!
Pensem comigo: tínhamos dificuldades de aprendizagem como hoje? Tínhamos ansiedade como hoje? Tínhamos dores de cabeça que nos impediam de assistir aula? Não... nossa vida era estudar, brincar e pronto! A infância é a única fase da vida que é possível viver dessa forma. E por que não permitimos???
Nossos filhos já estão grandes... Demos tudo, fizemos tudo... e eles não estão felizes!!! Não estão... Os índices de pânico, suicídio são assustadores!!!
Onde nos perdemos? Onde perdemos o sentido do sentir? Onde demos mais importância ao TER do para o SER? Onde foi que erramos? Onde começamos a inverter os papéis? Onde deixamos o principal de lado? Onde?
Nossos filhos são nossos! Nossos no sentido de responsabilidade.
Assim como quando compramos um carro, somos responsáveis por tudo que fazemos enquanto o carro está em movimento e estamos na direção. Caso haja algum acidente, caso haja falta de gasolina, falta de manutenção, falta de óleo... um acidente... uma morte!
Responderemos por isso perante a justiça dos homens e a de Deus.
No caso dos filhos, talvez a justiça dos homens não seja acionada, mas a justiça de Deus, à essa, não temos como deixar de responder.
Nossos filhos são filhos Dele antes de tudo e são um presente que recebemos para encaminhar, ajudar, criar... colocar no caminho... Sim... são uma baita responsabilidade sim... mas essa é a verdade.
Até quando o resto será mais interessante? Até quando iremos ver as estatísticas das crianças crescerem no sentido negativo da teórica evolução? Até quando esqueceremos o principal?
Então, não me venham com nostalgia doce de traquinagens da NOSSA INFÂNCIA! Nós acabamos com a infância das nossos filhos! Sim... somos os pais... os adultos responsáveis!
Aqueles que deveriam ter feito, talvez, diferente do que fizemos, mas não fizemos! E agora?
Agora é hora de rever e recomeçar, nunca é tarde! Sempre é tempo e um filho, sempre vale a pena o esforço, por maior que sejam as renuncias por um tempo.
Restam algumas semanas de férias! Converse com seu filho! Perceba o que ele deseja fazer, o que ele deseja SER, e vão... juntos em busca disso! Todos precisam de amor, de um olhar, de um ouvido atento. Vamos lá... Somos responsáveis pelos adultos que estarão tendo filhos em 10-15 anos... vamos... não há mais o que esperar.

EU SOU Gabriela Mund